Aquilo que se mostra sem querer: mãos e olhos no envelhecimento

Há áreas do corpo que revelam mais do que gostávamos. Nem sempre são as que olhamos primeiro, mas são, muitas vezes, as que os outros mais notam. E é curioso como, mesmo quando a cliente investe tempo e dinheiro no cuidado do rosto, há sempre dois territórios que a denunciam: as mãos… e os olhos.

Quem está em gabinete sabe. Basta observar o orbicular — a pele fina que contorna os olhos — e a textura das mãos para perceber o quanto (e como) a pele tem sido tratada ao longo do tempo.

A zona dos olhos: onde a pele é frágil e o tempo corre mais depressa

O orbicular dos olhos é uma das áreas mais delicadas do rosto. A pele ali é fina, com menos fibras de colagénio e elastina, e está constantemente em movimento. Piscamos, sorrimos, apertamos os olhos com o sol ou com o cansaço — e tudo isso deixa marcas.

Além disso, a vascularização é diferente. A drenagem nem sempre funciona bem. Por isso, é frequente surgirem olheiras, papos, flacidez ou linhas de expressão precoces, mesmo em peles que, de resto, até se apresentam bem cuidadas.

As mãos: expostas, negligenciadas… e implacáveis

As mãos estão sempre expostas — ao sol, ao frio, à água, aos detergentes, ao álcool gel. E, no entanto, raramente são incluídas na rotina diária de cuidados. Nem tónico, nem sérum, nem protetor solar.

O resultado? Rugas finas, manchas senis, perda de elasticidade. E uma sensação de desconforto cutâneo que se torna cada vez mais evidente com a idade.

Oportunidade para fidelizar: cuidar onde ninguém cuida

Estas zonas — os olhos e as mãos — são portas de entrada perfeitas para um plano de tratamento mais completo. Quando a cliente nota diferença visível ali, mesmo que pequena, sente confiança. E essa confiança constrói fidelização.

Sugerir um protocolo para mãos ou uma sequência específica para o contorno ocular não é “vender mais”. É cuidar melhor.

Como atuar de forma eficaz e segura

🔹 No orbicular dos olhos:

Trabalhar com produtos que respeitem a espessura da pele, que não estimulem em excesso, mas que promovam firmeza, elasticidade e drenagem. Texturas leves, fórmulas biocompatíveis, ativos antioxidantes e regeneradores suaves. Aqui, menos é mais — mas tem de ser o “menos certo”. Veja os produtos recomendados.

🔹 Nas mãos:

Além da esfoliação pontual e da proteção solar diária, o ideal é investir em nutrição profunda, despigmentação gradual (quando necessário) e reforço da barreira cutânea. Texturas ricas, mas de absorção rápida, são geralmente bem recebidas. Veja os produtos recomendados.

Zonas esquecidas, resultados visíveis

Nem sempre é preciso procurar os sinais do tempo — eles aparecem onde menos esperamos. E muitas vezes, são os pequenos detalhes que mais impactam a perceção da idade.

Como profissionais, temos o privilégio e a responsabilidade de orientar cuidados que vão além do óbvio. Porque beleza real não está apenas no que é visto à primeira vista, mas também naquilo que se nota sem querer.

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